quarta-feira, setembro 22, 2010

Construção Textual Jornalística

LAUDA DE NOTA PELADA

Editor: Gustavo Batistão
Data: 19/09/2010
Retranca: Candidatos desistem de eleição
Tempo: 30”

Próximo ao início das eleições, mais de 10% dos candidatos foram considerados inaptos. Destes, Mais de 1700 candidatos não estão em dia com a legislação eleitoral e cerca de outros 800 já desistiram de concorrer. O levantamento é feito diariamente pelo Tribunal Superior Eleitoral. Há ainda os casos de recursos, onde 1873 candidatos aguardam decisão da justiça eleitoral. Estes fatores aliados a lei Ficha Limpa trouxeram Instabilidade ao cenário Político nacional.



LAUDA DE NOTA ESTRITA

Redator: Gustavo Batistão
Retranca:Candidatos desistem da eleição
Tempo: 32”

+ Um em cada dez candidatos já desistiu da eleição.

+ Segundo dados do Superior Tribunal Eleitoral, mais de 10% dos candidatos foram considerados inaptos para disputarem as eleições.

+ Mais de 1700 não estão em dia com a legislação eleitoral e outros 800 já desistiram de concorrer.

+ Há ainda os casos de recursos onde 1873 candidatos aguardam a decisão do TSE para saber se poderão assumir os cargos caso sejam eleitos.

+ A Lei Ficha Limpa é uma das grandes responsáveis por estes números.

+Todos estes fatores contribuem para um cenário de instabilidade na política nacional.


LAUDA IMPRESSO


Candidatos desistem da eleição

Com as eleições se aproximando, mais de 10% dos candidatos já desistiram das eleições.

Por Gustavo Batistão

A menos de três semanas das eleições as eleições já terminaram para muitos candidatos. Das 22.570 candidaturas registradas, 2.726 foram consideradas inaptas, seja por força de lei, falta de documentação ou filiação partidária, pendências com a legislação eleitoral e até mesmo dois casos de óbito durante a campanha.
1.749 candidatos foram impedidos de disputar as eleições por não obedecerem às exigências das leis eleitorais. Outros 841 candidatos desistiram antes mesmo das eleições e mais 120 candidaturas canceladas a pedido dos próprios partidos.
Este levantamento foi feito pelo Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, com base em dados recebidos diariamente pelos tribunais regionais e o Supremo Tribunal Eleitoral. Apesar da identificação entre candidatos aptos e inaptos, não é possível saber o motivo do indeferimento das candidaturas.
Entre os desistentes estão Alceni Guerra (DEM – PR) e Junior Brunelli (sem partido, ex-PSC). O primeiro teve sua candidatura impugnada, antes de disputar as eleições pela lei Ficha Limpa devido à condenação por improbidade administrativa sofrida quando era prefeito de Pato branco (PR). Já Brunelli, conhecido pela oração da propina, no caso do Mensalão do Arrudateve a legenda negada pelo partido, à revelia do partido, Brunelli se inscreveu e teve sua candidatura impugnada.
Para o cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Leonardo Barreto, o número não pode ser considerado “muito grande”. Com a necessidade de os partidos preencherem muitas vagas, é normal que algumas candidaturas sejam barradas. "O sistema brasileiro tem uma facilidade de acesso para que as pessoas sejam candidatas", afirmou.
Outros 1.873 candidatos vão depender não apenas de seus votos para assumir seus cargos, mas também dos julgamentos de seus recursos. Os candidatos nesta situação tiveram seus registros barrados, mas conseguiram registrar suas candidaturas e foram alvo de recursos. Entre eles, estão Paulo Maluf (PP-SP) e Jader Barbalho (PMDB – PA).
Proporcionalmente, o maio índice de candidaturas impugnadas está entre os que disputam uma vaga na Câmara dos Deputados. 766 dos 6.038 candidatos, 12,68%, já estão fora da disputa e outros 501 lutam na justiça pelo direito de assumirem seus cargos caso sejam eleitos.
Dos 273 postulantes as vagas do Senado, 15 não se adequaram a legislação, dez desistiram e dois tiveram seus registros cancelados a pedido dos partidos.
Para Leonardo Barreto, o número de recursos é reflexo da lentidão da Justiça brasileira. "Por conta disso, nós não sabemos quem são os candidatos", afirmou. O cientista político acredita que a atuação do TSE, até o momento, tem sido "catastrófica", fazendo o Brasil "se igualar às piores republiquetas". "Por mais bem intencionado que seja o TSE, existe uma demora muito grande para julgar os casos e a Lei da Ficha Limpa trouxe uma instabilidade ao cenário político", disse. Barreto não questiona o mérito da lei, mas diz que, ao ser aplicada neste momento, ela trouxe ainda mais trabalho para a Justiça Eleitoral.

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